Conversando com uma amiga sobre assuntos aleatórios, e entre outros assuntos, surgiu a asfixia erótica.
Particularmente eu adoro, gosto da pressão, de ir me acalmando aos poucos enquanto o Dono aperta cada vez mais... Ele sempre brinca: tá viajando, né cadela? Porém, assim como todas as práticas, essa precisa de muita atenção e consciência por parte de quem é ativo e de quem é passivo nela.
Mas há uma versão da asfixia erótica que depende única e exclusivamente do bom senso: a auto-asfixia erótica. Já fiz uma vez e é legal, mas vamos combinar que perder o controle nesse caso é algo perigoso e irreversível: morte! O ator David Carradine que fez o Bill em Kill Bill não teve muita sorte e foi dessa pra melhor desse jeitinho.
Vou tentar falar um pouco sobre essa prática de maneira informativa e não lúdica a fim de esclarecer que práticas extremas não é para qualquer um.
É considerado asfixia erótica quando o indivíduo interrompe intencionalmente a oxigenação para o cérebro com o objetivo de intensificar o prazer sexual. Seja por estrangulamentos, garroteamento, afogamento, pouco importa. O que está em jogo aqui é alerta para o risco que essa parafilia tem e como usa-la de maneira consciente e segura.
Como eu já disse, sou uma praticante de tal parafilia e é, sem dúvidas, uma das minhas práticas prediletas. Sejamos sinceros, ninguém fica calculando os riscos na hora da ação, então é sempre legal conversar antes com a pessoa com quem vamos fazer algo que tenha riscos iminentes e confiar um no outro.
Aí vão algumas dicas e sugestão de conversa para antes da prática e depois... bom, depois aproveite cada segundo desse momento.
- Ter consciência de que há risco de morte: claro que atravessar a rua também tem riscos e nem por isso a gente deixa de fazer, porém é bom olhar para os dois lados, ou seja, tomar cuidado!
- Nunca faça sozinho porque se você apagar não terá ninguém por perto que possa te ajudar. Se fizer uma busca pela internet encontrará um número de casos que pode te surpreender se comparados a estrangulamentos.
- Confiar no outro durante a prática é essencial. Eu e O Dono não usamos a selfword em nenhuma prática, porém eu indico através de gestos quando estou no meu limite, então estabeleça códigos.
- Uma coisa que vale para quase tudo relacionado a práticas BDSM é: evite estar alcoolizado, e nas asfixia erótica tanto para um quanto para outro é fundamental o controle. Se você é quem está sufocando lembre-se que uma vida está nas suas mãos, preserve-a para usar quantas vezes quiser (hehehehe).
- Não perca de vista o rosto do asfixiado, se estiver por trás, faça perto de um espelho e acompanhe o que acontece atentamente.
- Se a pessoa desmaiar solte na hora para a circulação voltar. Se for o caso, um bom tapa na cara pode reanimar a (o) desmaiada (o), mas se isso não acontecer imediatamente, chame a ambulância rapidamente.
Algumas variações da asfixia (porque ter criatividade é fundamental!!)
- Autoasfixia: É quando a própria pessoa aplica em si o ato.
- Afogamento: mergulhar a cabeça em algum lugar com água (mais uma vez, use a criatividade!)
- Estrangulamento: usar braços ou mão apertando o pescoço (minha preferida *-*)
- Hand Smothering: Tampar nariz e boca com as mãos.
- Breast Smothering: Asfixia com os seios
- Máscara de gás
- Face setting: sentando no rosto
- Garroteamento: uso de cordas, fitas, lenços em volta do pescoço (O Dono gosta de usar a corrente da guia da coleira... fico linda no tom de roxo!)
- Sacolas plásticas: assim como as máscaras de gás ou de látex, e até mesmo filme plástico, a circulação de ar vai diminuindo aos poucos e dá um calor!!
- Trampling: asfixia com o pé no tórax ou no pescoço, mais comum entre as Dommes
No final das contas, o que importa é aproveitar ao máximo as brincadeiras. O prazer é algo que deve ser testado e esgotado, usado ao máximo e repetido sempre que for possível!