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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Asfixia erótica

Conversando com uma amiga sobre assuntos aleatórios, e entre outros assuntos, surgiu a asfixia erótica. 
Particularmente eu adoro, gosto da pressão, de ir me acalmando aos poucos enquanto o Dono aperta cada vez mais... Ele sempre brinca: tá viajando, né cadela? Porém, assim como todas as práticas, essa precisa de muita atenção e consciência por parte de quem é ativo e de quem é passivo nela.
Mas há uma versão da asfixia erótica que depende única e exclusivamente do bom senso: a auto-asfixia erótica. Já fiz uma vez e é legal, mas vamos combinar que perder o controle nesse caso é algo perigoso e irreversível: morte! O ator David Carradine que fez o Bill em Kill Bill não teve muita sorte e foi dessa pra melhor desse jeitinho. 
Vou tentar falar um pouco sobre essa prática de maneira informativa e não lúdica a fim de esclarecer que práticas extremas não é para qualquer um.
É considerado asfixia erótica quando o indivíduo interrompe intencionalmente a oxigenação para o cérebro com o objetivo de intensificar o prazer sexual. Seja por estrangulamentos, garroteamento, afogamento, pouco importa. O que está em jogo aqui é alerta para o risco que essa parafilia tem e como usa-la de maneira consciente e segura. 
Como eu já disse, sou uma praticante de tal parafilia e é, sem dúvidas, uma das minhas práticas prediletas. Sejamos sinceros, ninguém fica calculando os riscos na hora da ação, então é sempre legal conversar antes com a pessoa com quem vamos fazer algo que tenha riscos iminentes e confiar um no outro.
Aí vão algumas dicas e sugestão de conversa para antes da prática e depois... bom, depois aproveite cada segundo desse momento.

  • Ter consciência de que há risco de morte: claro que atravessar a rua também tem riscos e nem por isso a gente deixa de fazer, porém é bom olhar para os dois lados, ou seja, tomar cuidado!
  • Nunca faça sozinho porque se você apagar não terá ninguém por perto que possa te ajudar. Se fizer uma busca pela internet encontrará um número de casos que pode te surpreender se comparados a estrangulamentos.
  • Confiar no outro durante a prática é essencial. Eu e O Dono não usamos a selfword em nenhuma prática, porém eu indico através de gestos quando estou no meu limite, então estabeleça códigos.
  • Uma coisa que vale para quase tudo relacionado a práticas BDSM é: evite estar alcoolizado, e nas asfixia erótica tanto para um quanto para outro é fundamental o controle. Se você é quem está sufocando lembre-se que uma vida está nas suas mãos, preserve-a para usar quantas vezes quiser (hehehehe).
  • Não perca de vista o rosto do asfixiado, se estiver por trás, faça perto de um espelho e acompanhe o que acontece atentamente.
  • Se a pessoa desmaiar solte na hora para a circulação voltar. Se for o caso, um bom tapa na cara pode reanimar a (o) desmaiada (o), mas se isso não acontecer imediatamente, chame a ambulância rapidamente. 
Algumas variações da asfixia (porque ter criatividade é fundamental!!)
  • Autoasfixia: É quando a própria pessoa aplica em si o ato.
  • Afogamento: mergulhar a cabeça em algum lugar com água (mais uma vez, use a criatividade!)
  • Estrangulamento: usar braços ou mão apertando o pescoço (minha preferida *-*)
  • Hand Smothering: Tampar nariz e boca com as mãos.
  • Breast Smothering: Asfixia com os seios
  • Máscara de gás
  • Face setting: sentando no rosto 
  • Garroteamento: uso de cordas, fitas, lenços em volta do pescoço (O Dono gosta de usar a corrente da guia da coleira... fico linda no tom de roxo!)
  • Sacolas plásticas: assim como as máscaras de gás ou de látex, e até mesmo filme plástico, a circulação de ar vai diminuindo aos poucos e dá um calor!! 
  • Trampling: asfixia com o pé no tórax ou no pescoço, mais comum entre as Dommes
No final das contas, o que importa é aproveitar ao máximo as brincadeiras. O prazer é algo que deve ser testado e esgotado, usado ao máximo e repetido sempre que for possível!

As borboletas

Antes elas estavam no meu estômago...
Agora vivem ao meu redor!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Tá usando coleira, professora? Esse D é de que?

Uso uma coleira social com a letra D. Uso e ostento com orgulho. Estou indo com ela para o trabalho e hoje parecia que as pessoas olhavam diretamente para ela Sei que muitos se perguntaram o significado dessa letrinha, mas uma aluna teve coragem de me perguntar: tá usando coleira, professora? Espantada, respondi que sim e segui a diante. 
A noite, qual não foi minha surpresa, encontrei minha mãe no mercado (sempre tiro a coleira antes de entrar em casa para não me colocar numa situação que talvez fosse complicada de explicar sem me entregar), mas ela viu e me perguntou: Esse D é de que? Ela sabe que saio com alguém cujo nome começa com essa letra e eu dei uma desculpa boba, de brincadeira e ela aceitou a coisa de eu usar o pingente, não falou nada...  Mas ela não sabe que é uma COLEIRA. E nem precisa saber, né?
O que na verdade me deixou feliz é que agora posso usar minha coleira em tempo integral, sem esconder de ninguém! É linda a sensação! É estar livre para se exibir e mostrar o quanto isso me envaidece, o quanto isso me torna a mulher mais bonita! Por dentro e por fora!
Obrigada, Dono, por me transformar cada dia que passa na mulher feliz e linda que sou!



segunda-feira, 11 de junho de 2012

Tema batido: amor e D/s

Várias foram as vezes em que li sobre submissas que se apaixonam por seus Donos e se perdem. 
O problema de se apaixonar no BDSM é o mesmo que se apaixonar no meio baunilha, só vai dar certo que houver correspondência. Simples assim!
Mas o que fazer quando não há o retorno do sentimento? As escolhas pairam entre desistir da relação à aceitar apenas a relação D/s. As duas escolhas são complicadas e dolorosas, mas ainda acho que viver o que se pode viver ainda é uma saída louvável. Porque assim você não desperdiça o sentimento, mas devemos treinar o que sentimos, adestrar as emoções. Tão difícil... mas alguém disse que seria fácil?
Saber (aceitar) que só estamos presentes em uma parte da vida Dele e só dessa parte é o primeiro passo para sofrer menos. Não, Ele não vai te chamar para um churrasco com a família. Não, Ele não vai te apresentar como uma amiga querida. Isso não significa que você será uma eterna clandestina, eu não sou! Mas é preciso resignação nessa realidade. 
Não posso reclamar de nada. Tudo que é conversado é entendido e assim está sendo. Mas quando tem sentimento, a conta maior é de quem sente mais. 
Eu sigo com meus propósitos e organizo meus sentimentos, me adaptando a Ele, isso deve ser algo bem claro. Eu me adapto, não Ele. 
Vivo uma relação que considero 24/7 porque acordo e vou dormir com meu Dono na cabeça e no coração. Já postei algo sobre o "eu te amo" no BDSM e volto a dizer que o que sinto não tem nome, não é amor, é algo além, muito além. Dizer que amo meu Dono não satisfaz o que sinto, falta alguma coisa, talvez falte o lado que caberia a ele... (deve ser isso! Acho que descobri como preencher a lacuna).
Sigamos em frente! Nos preparemos para o próximo encontro e sejamos felizes do jeito que der! Querer mais é normal... mas não é pra mim.

Um dia de domingo

Eu preciso te falarTe encontrar de qualquer jeitoPrá sentar e conversarDepois andarDe encontro ao vento...
Eu preciso respirarO mesmo ar que te rodeiaE na pele quero terO mesmo sol que te bronzeia...
Eu preciso te tocarE outra vez te ver sorrindoTe encontrar num sonho lindo...
Já não dá mais prá viverUm sentimento sem sentidoEu preciso descobrirA emoção de estar contigo...
Ver o sol amanhecerE ver a vida acontecerComo um dia de domingo...
Faz de conta que ainda é cedoTudo vai ficarPor conta da emoçãoFaz de conta que ainda é cedoE deixar falarA voz do coração...