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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O melhor lugar do mundo

O melhor lugar do mundo não é necessariamente onde tudo é perfeito. Perfeito? Isso está longe de existir em qualquer lugar, mas há 1 ano e meio (quase o dobro se contarmos antes da coleira) eu encontrei o meu ninho, o meu lugar nos Seus braços, no Seus sorrisos, no Seu corpo. E com isso eu achei em mim motivos para ser melhor, feliz, para viver... Quero poder merecer isso para sempre, até ficar velhinha, até não mais existir. Para além de limites, barreiras, muros, obstáculos, tempo. Cheguei e quero poder ficar pra sempre... Assim como é pra sempre o desejo de sentir o quanto Sua presença me afeta e me faz desabrochar, mudar a voz, o brilho nos olhos, no cabelo, o jeito de andar... 
Ah se pudesse estar dentro do meu peito pra sentir como meu coração se alegra quando meus pés caminham na Sua direção, quando escuto Sua voz, quando meus olhos pousam na Sua imagem. Fico querendo sair correndo pra sentir Seu cheiro...
Quando chega o dia de Te ver eu ainda fico com nervosinho... rsrsrs. Sei que o cheiro que está na minha mente desde o primeiro dia será sentido de pertinho, sei que me verei nos Seus olhos de novo e me ver aí é me ver como realmente sou. Sem mentiras, sem fingimento, sem interesse, a não ser o interesse de estar no melhor lugar do mundo pra mim.
Eu não me lembro do dia que comecei a andar, de quantos tombos eu levei até conseguir ficar de pé e ir. Mas eu aprendi a andar duas vezes na vida e da segunda eu lembro. Sei quem estava (e está) segurando minha mão a cada passo. Quem me mostra onde devo pisar pra não cair de novo e mesmo que eu teime e caia sei que posso confiar na Sua presença quando eu preciso. Meu guia, meu amor, minha vida... O que mais posso fazer para Lhe agradecer pelo que sou hoje, pelo que faz por mim, pelo tempo que dedica a mim? Onde caberia o amor que tenho por Ti? Apenas no melhor lugar do mundo... Ao Seu lado... Aos Seus pés.


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Quais são seus fetiches?

Você sabe o que significa FETICHE? Fetiche pode ser traduzido como feitiço, algo ligado a libido, prazer, seja o interesse despertado por uma parte do corpo, um objeto, peças de vestuário, animais, deformações, sangue,urina, fezes, flatulências, são estímulos que nos fazem desejar o incomum, algumas vezes. O BDSM é recheado com os mais diversos e incríveis fetiches e acredito que não conheço nem uma ínfima parte deles! Mas quero conhecer!
O que seria de nós, pessoas que buscamos pelo prazer, nosso e de quem amamos, sem os fetiches? E aqueles que se dizem satisfeitos com a vida que levam, será que  não possuem também seus fetiches?
Eu demorei um pouco a colocar pra fora minhas vontades, meus desejos e meus prazeres. Mas agora eles se renovam, se misturam, se reinventam e a cada dia busco meios de satisfazê-los da melhor forma possível. Arrisco, faço tentativas, mas não os deixo adormecidos por muito tempo.
Me delicio vendo a lista de fetiches do fetlife e resolvi fazer a minha, na verdade a N/nossa, porque é minha e do Dono. Toda vez que realizamos uma ou mais de uma (tem dia que a empolgação tá demais) eu marco e vou me deliciando com a quantidade de coisa que já foi feita, tanto a diversidade quanto a repetição, e vou alimentando a lista com mais brincadeiras, mais desejos secretos, mais prazer! É delicioso olhar a lista e ver o que ainda falta! Algumas observações de melhoria ou adaptação são sempre bem vindas, quanto mais perto do perfeito, melhor.
As listas de fetiches que já pude ler são bastante diversificadas e curiosas. Algumas coisas podem me parecer estranhas (não me sinto nem um pouco obrigada a achar legal práticas que julgo serem extremamente estranhas, nem sempre o bizarro chamará minha atenção positivamente), mas são inspiradoras. Aí está a graça o fetiche: ele pode até não ser pra você interessante ai ponto de despertar a vontade de fazer igual, mas pode dar ideias e dessas ideias deliciosas minha cabeça está abarrotada! Sempre quero brinquedos novos, experimentar sensações novas, diversões novas! Quer coisa melhor do que ir a todos os brinquedos que você quiser no parque de diversões?
Gosto de saber dos fetiches das pessoas, tentar buscar explicações para entender alguns, copiar alguns, aprender e divulgar outros tantos!
Dizem que nem todo fetichista é BDSMer, mas todo BDSMer é fetichista! Somos pessoas libertas de regras sociais que impõem o que devemos ou não fazer, como fazer, com quem fazer, até quando fazer, por que fazer! Então, você que é uma pessoa esperta, livre e feliz, me conte quais são seus fetiches! Será que aquele vizinho seu não é um fetichista e você nem sabe?


quinta-feira, 27 de junho de 2013

O início do começo

A gente se perde para se achar, senão o sentido da busca por nós mesmos será vago.
Nada que descubro é novo, estava dentro de mim e apenas guardava em algum porão escondido na alma, misturando-se, confundindo-se como que me acostumei a aceitar como finalizado.
Não. Eu não estou finalizada, não estou terminada nem estou perto de estar. Apenas entendo melhor minhas escolhas sabendo de onde elas vieram.
A palavra de hoje é costume. Me acostumei a ser uma só, a negar desejo em nome de algo que me era certo. E esse "acostumar-se" caninha com uma péssima companhia que é a insegurança e essa traz consigo o medo. Medo de perder, de me perder, de acabar, de me acabar, de enganar, de me enganar. Sempre com dois lados porque eu não sei viver só, não quero ficar só, não preciso estar só. Porém, esta solidão negada se valia da falta de visão que tenho ainda de que eu sou muitas outras mulheres dentro de uma só e essas muitas mulheres precisam se conhecer, precisam se harmonizar, doarem uma a outra para que o resultado seja algo bom, principalmente pra mim.
Eu gosto de sensações fortes sim, gosto de apanhar do meu Dono sim e isso não é uma construção artificial, é mais uma das muitas mulheres que existem em mim. E hoje eu aniquilei uma que me fazia mal. Sim, dentro de mim existem outras que me sabotam, que me enfraquecem, que não estão ao meu lado porque eu sempre as neguei. O medo que sentia era a solidão dessas outras que nunca foram ouvidas, que eram ignoradas e que precisavam se libertar para me deixar viver plenamente tudo o que posso, sem o medo constante de me perder em vão.
Não devo negar a existência dessas mal amadas dentro de mim porque elas são fruto de anos e mais anos de descaso meu para com elas. Elas precisam ser cuidadas por mim assim como alguém que amo muito cuida de mim no geral, cuida dessas várias outras de mim e merece mais do que meu agradecimento e eterno companheirismo. Sem Ele eu não teria buscado por essas mulheres dentro de mim para uma conversa séria. Melhor dizendo, sem Ele eu não teria achado essas mulheres para tratá-las da solidão que sentem.
Meu amigo, meu amante, meu companheiro... Nenhuma palavra caberia aqui para Lhe agradecer. Mas se isso significar algo na Sua vida, saiba que apesar de qualquer coisa O Senhor me salvou de mim e me cura a cada momento que me cobra, que briga comigo e insiste em me ver melhor, mais saudável, mais segura e mais feliz. Como não Te amar? O Senhor me ensina a me amar e eu ainda resisto... O Senhor quase desiste e eu não valorizo... Mas eu posso dizer aqui que serei melhor, só que palavras bonitas sem atitude não valem de nada.
Que nos próximos dias eu seja melhor e possa assim ser Seu reflexo.


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Surpreenda-me

De costas pra mim, observo os contornos do Seu corpo e a disposição de Seus pelos e pintas. 
Decoro a posição delas como que num inventário onde fosse preciso detalhar cada milímetro.
Te observo e desejo não pensar em nada, quero apenas que meus olhos não se cansem.
Me aproximo pra sentir mais de perto o cheiro que fica em mim, no lençol... mas o quero na fonte. E é tão somente nesse momento que meus olhos se fecham. 
Troco a visão pelo olfato para dar a oportunidade de ir Te sentindo cada hora de um jeito.
Cheiro o início das Suas costas... desde lá de baixo e vou subindo como um gato faz ao se aproximar de sua presa. Chego onde queria... O Senhor sabe aonde... E permaneço... Sem me importar com o tempo. Ali eu resido, estabeleço meu ninho e me acalmo, durmo e sonho.
Ao sentir na pele o Seu abraço, me aconchegando pra bem perto, pra bem quase pra dentro, me completo e minha alma descansa. É um breve momento de eternidade, guardado por mim com o cuidado que me falta em outras açoes um tanto desatenciosas... 
Sonho... Me separo do real e do imaginado... Me encontro com outras pessoas que às vezes nem reconheço... Sonhos são intrigantes, muitas vezes... 
Me sinto esquivar-me dos Seus braço, me posiciono de maneira mais confortável, mesmo com um pouco de dó por sair do ninho, mas uma hora a gente tem que voar... Nem que volte pro ninho depois! Rsrsrs
O acordar é um momento especial. Vamos retomando a consciência aos poucos. Os sentidos nos devolvem ao chão, ao real e abrimos os olhos...
Abrir meus olhos ao Seu lado e me surpreender com o Seu olhar sobre mim é o mesmo que voltar a sonhar, é como se de todos os sentidos que me foram retomados algum ainda ficasse pra trás. Ainda sonho...
Surpreenda-me assim sempre, faça-me transbordar sempre. Me aqueça, me ensine e esteja comigo quando eu acordar, porque a primeira coisa que fiz hoje quando acordei foi sentir a Sua falta...

segunda-feira, 15 de abril de 2013

1 ano de coleira

Àquele que me inspira em todos os cantinhos da minha vida...

O tempo passa rápido... Acredito que isso seja um consenso. Mas o que cabe em um ano? Em um mês? Em uma semana? Em 15 dias? Tantas alegrias, tantas ideias, sonhos, realizações, vontades, lágrimas. Em cada segundo cabem milhares de palavras.
Cada um sabe da vida que leva, das escolhas que faz, das oportunidades perdidas e aproveitadas. Remodelamos a vida nesse segundo, aquele que pode mudar o caminho ou nos levar a outro.
O "se" não pode existir sem o arrependimento e eu não vivo o "se". Eu vivo minhas escolhas, sejam elas certas ou não. São minhas, é o meu caminho, minha história.
Um ano de coleira... Já se passaram mais de 365 dias nos quais eu não tenha vivido uma eterna busca de me tornar uma pessoa melhor, de saber quem eu sou e de até onde eu posso ir. Não descobri isso sozinha nem estou indo só. Estou caminhando com aquele que me ensina todo dia, pelo amor ou pela dor. Me ensina a querer o melhor de mim, não só para Ele, mas principalmente por mim. É assim que vejo Sua dominação, me fazer melhor por mim.
Não há nada que eu possa dizer aqui que eu já não tenha dito a quem deveria ouvir, mas quero registrar que aprendi mais nesse tempo em que estamos juntos do que em todos os outros anos em que estive sozinha. Que se eu hoje me quero bem Te devo isso.
Dono, eu sei (por mais que isso me doa saber) que nada dura para sempre, que um dia tudo terá um fim, mas quero fazer do meu caminho ao Seu lado um eterno descobrimento, uma duração eterna de cumplicidade e amizade.
Meu mais sincero e profundo agradecimento por ter me dado as melhores e piores sensações pelas quais eu passei (rsrsrsrs nem tudo são flores ou um quadro de Monet, relacionamentos perfeitos não existem, nem quero que o N/nosso seja, seria chato e cansativo demais). Por me ensinar a pensar, repensar, pensar de novo... em tudo que quero, penso, sinto, falo. Por aceitar minha impulsividade, meus bicos de raiva, ciúmes, descontentamentos. Por me entender e me ajudar a arrumar as coisas dentro de mim. Por me deixar me ver dentro dos Seus olhos. Mas a cima de tudo por querer o meu bem e me proteger até mesmo de mim.
Ainda quero que essa data se repita muitas vezes, mas antes de olhar para o futuro quero olhar para o agora, pro hoje e viver isso. Vamos comigo? Rsrsrsr.
"Que seja eterno enquanto dure" e que dure o tempo que for para que seja para sempre.
Te amo


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

11 meses

E lá se vão 11 meses...
Quantas coisas vivemos juntos...
Quantas vezes me surpreendi com minha força.
Quantas vezes as palavras me fugiram, sumiram ou não foram capazes de substituir o que eu sentia.
Quantas vezes me senti mal por não ter a maturidade de entender o quanto um relacionamento D/s poderia me modificar.
Quantas vezes não me senti merecedora de atenção, mas desejosa dela e quantas outras vezes mais eu tive mais do que merecia.
Pois bem, em 11 meses eu aprendi a reconhecer Seu silêncio
A acertar no tempero e na intensidade
Controlar os arroubos
Vigiar as atitudes
Honrar a coleira, o nome, a parceria, a amizade e a dedicação.
Um sonho que a realidade tornou maior
Uma realidade que se transforma em sonho a cada dia.
Agradecer Te amando é o mínimo que posso fazer.


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Objetos... até que ponto?

A vida de uma submissa não é fácil, ok, não tá fácil pra ninguém, mas algumas coisas martelam minha cabeça: até que ponto ser considerada ou tratada como um objeto é saudável para um ser humano? 
Digo isso porque o jogo é forte, sério e produz resultados que muitas vezes ultrapassam o controle emocional de quem domina e, claro, de quem é dominado. 
Um objeto não tem vida, não tem vontade, não tem sentimentos, não é nada além de um objeto. Então o jogo deve acabar quando a coisa fica séria demais para um dos dois lados. O problema, ao meu ver, é que a dependência um do outro pode impedir ou dificultar esse afastamento que é saudável, porém não é visto assim por quem perde o controle.
BDSM não é para amadores, não o BDSM sério. Mas o que mais vemos é gente brincando de dominadores e de submissos e a brincadeira pode sair cara. Um dano psicológico pode vir a ser uma tragédia na vida de alguém que não sabe o limite e eu vejo isso como algo mais provável do que impossível.
Tantas coisas acontecem nas nossas vidas que nos fazem facilitar o caminho da entrega ou do poder de controlar alguém. Tantos medos se escondem atrás de sentimentos e necessidades que por momentos eu pondero até onde posso ir até chegar o momento de dizer basta. O problema é identificar esse limite, é ver a luz vermelha de "perigo" piscar e retroceder, parar, dar um tempo, mudar, readaptar. 
Não posso dizer pelos outros, mas pra mim há sim a possibilidade de reavaliar o que vale e o que não vale a pena. O que me faz bem e o que não faz. 
Me sentir um objeto em alguns momentos, em situações específicas é mais do que natural, faz parte do jogo no qual confiei meus sentimentos. Mas carregar isso pra fora da relação e não ver luz no fim do túnel caso haja um imprevisto é perigoso. 
Não sou especialista em ego, super ego ou algo que o valha, mas sou especialista em mim mesma e pondero muito os meus limites. As pessoas gostam muito de exibir o quanto suas vidas e relacionamentos são perfeitos, mas nada é. Então você que se sente mais pra mais do que pra menos, avalie seu relacionamento e veja o que está fugindo do seu controle, na medida do possível.
Esse post não é uma reclamação, não é um desabafo de insatisfação nem tem a pretenção de ser uma regra a ser seguida, apenas vejo como um alerta àqueles que acham que podem controlar suas vidas após tê-la entregue "de corpo e alma". E também àqueles que acham que conseguem ver o que se passa no coração e na mente daqueles que estão sob seu domínio.
Muitas coisas são conversadas, porém as situações é que dirão a força que será empregada. Força física e psicológica. 
Reavalie, readapte-se e seja feliz!