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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Por que eu pratico BDSM?

Falando sério! Quem pensa em uma sessão sem sexo? Sem hipocrisia, sem máscaras, eu digo que o meu objetivo de praticar o BDSM não é ser chicoteada para ficar machucada, mas busco a satisfação sexual que eu não tinha quando era apenas baunilha e que o BDSM me supre, uma vez que sinto prazer COM dor, mas mais uma vez, não a dor por si só, o machucar por machucar. O que gosto é a situação de antagonismo poder e submissão.
O sadomasoquismo consensual é minha realização, e é isso que me separa dos casos patológicos de insanidade mental. Como eu sei disso? Ora, porque não aceito nada que não seja bom para os dois, não permito ser machucada além do meu limite, tenho acesso e noção de que usar a safe é um direito meu. Outro fator importantíssimo é não me entregar, entregar minha submissão, a qualquer um. Servir por servir não faz minha cabeça, sirvo a quem admiro, sirvo alguém por quem sinto tesão, quando me sinto segura e certa de que é o melhor pra mim. Eu me preocupo com o prazer do outro, e com o meu, é óbvio.
Isso é minha opinião, ter sexo nas sessões. É minha preferência. Mas nada que seja combinado antes é rejeitado...


terça-feira, 26 de abril de 2011

O punho... um M

Meu desejo é algo que me guia e nada melhor do que ser guiada por mãos firmes. Gosto de mãos... me guiando, me acariciando, me batendo e dentro de mim. Ser invadida e preenchida por um punho é algo que me tira do eixo, me leva para além do que conheço como realidade, um lugar onde ninguém mais habita, meu lugar, minha idealização de perfeição. Sim, atinjo a perfeição assim, invadida, cutucada, forçada, revirada por dentro, humilhada ao ouvir que é apenas para isso que sirvo, que não sou nenhuma moça de família porque elas não têm essa elasticidade, não são arrombadas desse jeito como sou, não! Mas eu duvido que elas sejam mais completas do que eu, duvido que elas já tenham visto os olhos que vejo quando a dor aparece como um grito na minha garganta e realiza o dono da mão que está dentro de mim. Duvido que o beijo que elas recebam seja mais furioso e quente do que os que enchem minha boca. 
No final o que resta é a vontade de mais, a cama encharcada, o coração como as asas de um beija-flor, a mão mostrando para o meu rosto e minha boca o resultado de tanto carinho, de tanta dedicação de um Dom por uma cadela. 
Obrigada por me levar para além de onde eu já tinha ido, para mais perto de onde eu quero e preciso estar.
Que venham mais punhos Seus, mais desejos, mais marcas... o M em mim que não pegou tão bem, mas que virá muitas e muitas vezes será de que? M de mão, mulher, macho, masoca, meter, machucar... M de mais, muito mais...

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sozinha

As coisas sempre me pareceram estranhas, eu mesma era estranha às coisas que aconteciam a minha volta. Sempre soube que estava fora da minha real condição, do apelo que minha mente e meu corpo me faziam. Aprisionava desejos, pensamentos, atos, tudo porque não sabia canalizar essa força que hoje conheço e estou conhecendo a cada dia. Sabe aquela história de que quanto mais você conhece menos você sabe? Pois é, mas tem uma hora que você precisa começar a conhecer.
Hoje caminho por uma estrada, dentre tantas outras, mas que reconheço que era por aqui que eu deveria caminhar desde sempre... apesar de estar indo sozinha. Presto atenção em cada pedra, em cada curva, em cada perigo e felicidade que aparece no meu caminho. Por aqui o doce não tem gosto de baunilha, muitas vezes é amargo porque não sei lidar com tudo, não sei lidar com essa solidão, com o abandono, mas já era pra estar acostumada. A gente se acostuma com o conforto e com o desconforto, mas com a falta dos dois não.
Aprendo sozinha, caio e levanto sozinha. Sempre foi assim, não é? Sei lá se um dia vou ver uma mão vindo em minha direção e me fazendo a gentileza de me erguer. 

“Agora não é um bom momento para isso, não tenho tempo, fica por aí...”

domingo, 10 de abril de 2011

Tentativas

Ninguém gosta dessa sensação que fica depois de uma tentativa inútil de satisfação!!

Dois olhos negros


Queria ter coragem de saber o que me prende, o que me paralisa?
Serão dois olhos negros como os teus que me farão cruzar a divisa...
É como se eu fosse pra um Vietnã lutar por algo que não será meu
A curiosidade de saber quem é você? 
Dois olhos negros! 
Queria ter coragem de te falar, mas qual seria o idioma?
Congelado em meu próprio frio, um pobre coração em chamas...
É como se eu fosse uma colegial diante da equação
O quadro, o giz, a curiosidade do aprendiz diante de você...
Dois olhos negros!
O ocultismo, o vampirismo, o voodoo, o ritual, a dança da chuva
A ponta do alfinete, o corpo nú, os vários olhos da Medusa...
É como se estivéssemos ali durante os séculos fazendo amor
É como se a vida terminasse ali, no fim do corredor...
Dois olhos negros!

Uma homenagem Aos Senhores que conseguem meu respeito, admiração, curiosidade e desejo apenas com os olhares...  

Pé pra que te quero...

Eu não via graça, não sentia nada, não entendia porque as pessoas idolatravam PÉS!!! Mas descobri como é bom... foi assim:
Ano novo de 2004 para 2005, passei na praia com alguns amigos e um deles tinha levado lança-perfume. Experimentei... coisa boa, mas foi a única vez! Mas, em consequência dessa experiência, fiquei com um tesão doido. Encontrei um cara com quem eu sempre ficava no ônibus da faculdade, fazíamos miséria naquelas viagens, e resolvemos deitar na beira do mar. Eu, louca de "lança", deitei de lado, estava de saia e ele se deitou um pouco mais para cima e começou a tirar minha calcinha com o pé... aquelas mexidinhas ali me fizeram gozar... o final da história foi inevitável!!

Mas o melhor estava por vir anooooss depois. Meu primeiro DONO adorava podolatria e eu nem sabia direito o que fazer, iniciante, só tinha vontades, mas era ele quem conduzia a sessão. Em um dado momento em que eu estava no meu cantinho depois de horas de spanking e anal, ele mandou que eu ficasse de 4 e lambesse cada dedinho do pé dele. Nossa!!! como eu gostei daquilo!! Lambia com fome!! Ele enfiou o pé na minha boca me jogando para trás...em seguida me puxou pelos cabelos até a cama e me fistou com aquele pé que eu tinha acabado de babar todo. Fui a lua e voltei!!
Passei a ter mais tesão ainda por pés. Uso os meus para fazer carinho e adoro receber carinho assim também.
O auge foi uma situação nada real, mas que me deixou alucinada. Eu e um amigo conversávamos sobre taras  e surgiu o assunto PÉS!!! Deixamos a conversa fluir e quando me dei conta estávamos um pisando no outro... agora há pouco disse para ele: "vontade de ficar assim, do jeito que estou agora, deitada de bruços... um pé acariciar minha bunda... depois ir fazendo movimentos verticais de cima para baixo... até me deixar beeeem molhada... depois os dedinhos brincarem com meu grelo, apertando ele... eu com as pernas bem aberta e a bunda empinada... dedinhos curiosos começam a me penetrar... forçando uma passagem que naturalmente não existe...
Isso tudo só aumentou meu tesão... acordei no cio hoje


Seus pés...servem sim e para muitas coisas!!!


Submisso

Pelas minhas "andanças" nos bate-papos da vida, encontrei um escravo submisso como nunca tinha visto!
Foi adestrado por uma psicóloga que, frustrada e estressada com a vida, lhe fez uma lavagem cerebral tão intensa que não lhe permitiu sentir prazer nunca, não achava que ele devia sentir nada. Hoje ele não saberia ter uma DONA que lhe permitisse isso. Confesso que fiquei com pena, mas cada um é feliz de um jeito. O que me deixou angustiada foi a total incapacidade dele de imaginar ter uma DONA que o deixasse ter prazer, porque na cabeça dele ele não passa de um objeto sem direito a nada. Olha, em muitos casos eu me calaria, mas acho uma total irresponsabilidade certas condutas. Ele foi adestrado durante anos assim e não sabe ser de outro jeito, não tem personalidade. O trabalho foi bem feito, admito, mas precisava ser tãããããoo intenso? Inutilizou o moço!!
Outra figura que conheci foi uma sissy, que cara divertido! Também excelente escravo, dedicado, organizado, mas esse (ufa!!) bem ciente de que pode e deve sentir prazer. O bom é viver do jeito melhor, cada um sabe o que é melhor pra si, BDSM não é brincadeira de criança e não deveria ser válvula de escape pra ninguém, mas bom senso é fundamental. Tomara que a próxima DONA do sub seja alguém assim, que saiba aproveitar o que ele já tem, mas que não o faça perder a essência dele, tão bonzinho...comportamento exemplar!! Não faz meu estilo, mas aprendo muita coisa com ele!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Intuição

Há um certo tempo eu já imaginava que isso poderia acontecer, mas não que realmente aconteceria. Não foi uma sessão, não durou horas (pior que durou, mas não vi o tempo passar), mas valeu a pena cada segundo, cada respirada. Bom é quando acontece assim, de surpresa, na hora em que você pode. Passar vontade é ruim demais, mas saciar um desejo é delicioso...
Meio tímida, meio a vontade, parecia que tudo tinha sumido ao redor, só existia a música...
Um trabalho solo, mas na mente uma parceria perfeita, o encontro talvez tantas vezes desejado, mas não realizado. Hoje foi, em partes, mas foi....


Já não podia mais conter essa vontade, ser agarrada pelos cabelos, jogada no chão...ali com cara de assustada vê que ele se aproxima...se abaixa, olha dentro dos olhos dela e a segura pelo pescoço, pressionando sua cabeça contra a parede. Aquele era o momento, o segundo que dividia o que seria dela daqui pra frente. Uma respirada mais profunda e os olhos dela deram sinal verde para que ele continuasse.
Sem pressa, sem dó, só com a força do desejo. A blusa rasgada pelo decote, agora não poderia mais cobrir seus seios que imploravam por um toque...veio a mordida, seca e forte que a fez gritar de dor extrema. Mas que lhe causou um arrepio indescritível. O toque carinhoso por cima da marca dos dentes...os olhos dentro dos olhos dele. "Continue", era o que os olhos diziam.
A mão que agora percorria seu corpo não era mais a sua própria, era a dele. Firme, quente, lenta, a procura da peça que faria abrir a passagem secreta que os levaria para o outro lado. Encontra e a segura com firmeza, redobra a força no pescoço até quase fazê-la perder os sentidos. Já não é mais dona do seu corpo, da sua mente, nem da própria respiração, respira por ele quando ele permite.
Do seu corpo flui o gozo direto na mão que a acaricia, mas o carinho toma ares de selvageria, uma pressão descomunal faz seu corpo se retorcer...o pulso vibra dentro dela, e mais forte, mais rápido, mais quente...os gritos não podem sair, não existe passagem para eles...ou ela grita ou respira, os dois não lhe é permitido.
De repente, ela é largada a própria sorte no chão, sem que nada a segurasse ou pressionasse. Fica por lá imóvel, buscando o ar e a razão, mas só encontra o arrepio instintivo que todo animal tem quando o perigo se aproxima. Sim, ela gosta do perigo, o medo faz com que ela seja mais esperta e viva. Sem olhar para trás, mas sabendo que algo aconteceria, sente arder quente no lombo a primeira de muitas chicotadas, foram inúmeras seguidas de ofensas e humilhações, mas afinal, era isso que ela buscava e era isso que ele tinha para dar.
O chicote cai no chão e imediatamente o corpo dele cai sobre o dela. Ela confia nele e ele sabe que pode ir com ela para onde quiser. E eles partem rumo ao conhecido desejo, a fortificação da aliança que já possuiam, a satisfação...
Se repetirá? nunca se sabe...a parceria permanece, forte, segura e inabalável. Mas a intuição diz que pra onde quer que um vá o outro estará sempre no olhar...