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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Fetiche... "o sequestro"



Onde eu estou? O que foi que aconteceu? Não consigo falar. Meus pensamentos são a única voz dentro desse quarto. A última coisa que me lembro foi de ter visto dois pássaros pegando algumas frutinhas na janela, mas não sei de quem é essa  casa...acho que é um apartamento. A porta do quarto está fechada. Meu corpo está doendo muito, acho que não vou conseguir levantar do chão.
Eu conheço esse cheiro...é cheiro de sexo...nos meus cabelos, nas minhas mãos, o gosto na minha boca. Acho que minhas mãos estavam amarradas, mesmo estando escuro consigo ver e sentir as marcas nos meus pulsos. Foi amarrado bem firme. Consigo ver marcas nos meus seios agora que levantei, mas em pé ainda eu não consigo ficar. Estou sentada, mas parece que sentei em cima de álcool estando ferida...ouço algumas vozes, me arrasto até a porta para ouvir e tentar reconhecer alguém. Parecem três homens. Conheço os três, mas sei que eles não se conheciam...
Como podem estar juntos ali? Eu sou o único elo entre eles, então, sabendo quem são, posso imaginar o que aconteceu. Por que fui comentar que queria ser sequestrada? Que ideia foi essa a minha? Lembro agora que estava numa festa dançando, bebendo e me divertindo como nunca. Fiquei calada de frente para um deles. Meu vestido foi rasgado...adorava aquele vestido. Uma mordida nas costas. Conheço aquela dentada. O terceiro se juntou a nós. Seis mãos percorriam meu corpo. Agora nu. Senti-me uma vadia e estava gostando. A corda! Ela está em cima da mesa, é verdade... Fui jogada no chão e cuspida. Um tapa na cara me fez ver a cor do chão bem de perto. “Fica de quatro, cadela”. Uma voz doce me ordenou. Três lindas varas batem na minha cara e logo forçam a entrada coletiva na minha boca. Será que isso aconteceu mesmo ou é só o meu desejo. A porta se abre com força. Me arrasto para um canto, mas ele vem vindo sorrindo na minha direção, me segura pela nuca agarrando meus cabelos. “Cadelaaa, você foi muito corajosa ontem”. Mas o que será que eu fiz para merecer esse comentário? “Não se lembra, né?” e ri, solta uma grande gargalhada. O “boa noite cinderela consensual” foi muito divertido. Agora eu entendo porque não consigo lembrar das coisas direito. “Tem mais gente lá fora querendo te ver”. E os outros dois entraram. “Estávamos com saudade, cadela”. Senti minha carne tremer, não só de medo, mas de desejo e ansiedade. Um deles se aproxima, sua respiração está colada no meu rosto. “Vamos brincar mais um pouco com você, mas dessa vez será diferente. Você terá a safe, vou dizer uma vez só e não quero que você repita, a não ser que queira ir embora pra casa e nunca mais nos ver. Sabemos que seu corpo está marcado e muito dolorido, mas sabemos também que você aguenta mais. Mesmo assim vou perguntar só uma vez: quer continuar?”

(continua...)

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