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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Dono

Quando eu era criança meu pai me levou a casa de um amigo para eu escolher um dos filhotes da cadela dele. Eram todos lindos! Crueldade com uma criança ter que escolher apenas um, mas eu tinha que escolher. Levei um bom tempo olhando, analisando cada um deles e sabia que dali pra frente eu teria que cuidar dele, dar banho, ensinar truques e isso me pareceu encantador. Mas a dúvida premanecia: qual deles?
Alguns brincavam comigo e outros nem me deram confiança, mas um era estabanado, brincava ora cá ora lá, corria e chamou minha atenção por ser "parecido comigo". Assim, eu o escolhi. Ele permaneceu longos anos comigo e isso foi muito bom! Mas tivemos que dá-lo por motivos de obra em casa. 
Passado um bom tempo, me vi como aquele cachorrinho... precisando de um dono, uma vez que me reconheço como uma cadela, ora brincando aqui ora ali, mas precisando aprender novos truques, ser cuidada e já não mais achava que encontraria, seria uma cadela de rua, perdida e talvez rendida.
Eis que surge a oportunidade, a decisão de alguém que escolheu uma cadela entre tantas outras talvez por ela "parecer com ele", demonstrar alegria e vontade de ter um dono, vontade de querer brincar com o osso que ele tem pra jogar, aprender os truques que ele tem pra ensinar, usar a coleira que ele tem pra oferecer. 
Não quero, por enquanto, escrever nada além disso, uma vez que já passei por isso algumas vezes e sei a dor que é ter as expectativas frustradas, mas desejo em breve poder postar aqui como uma cadela com dono, como uma cadela feliz, com seus brinquedinho, com seu potinho e tudo mais que ela tem direito!

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