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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Tatuagens e marcas

Para muitas sociedades as marcas corporais são tidas como estigmas, sinas visíveis de pertencimento a um grupo ou mesmo de rejeição. Algumas imperfeições genéticas são tidas como estigmas, marcas que Deus faz para apontar aqueles que, por algum motivos, precisam ser vistos por todos... muitas vezes como exemplo da fúria divina. 
Tatuagens são mais ou menos como estigmas, mas essas marcas são escolhidas, desempenham um papel na sociedade de definir grupos, gostos... Para alguns são símbolos de rebeldia e ostentação, de quebra de regras e renovação daquilo que se tem como ideal.
Quis fazer essa introdução para mostrar que sou uma cadela informada e estudada, mas a cima de tudo para descrever a minha satisfação pelas minhas marcas, meus estigmas e minha tatuagem.
Quando olho para minhas marcas após uma sessão fico com um pouco do dominador em mim, não em minha mente, algo mais do que plausível, mas no meu corpo, na parte material da minha entrega, e com isso posso ter a certeza de que dei o melhor de mim. Meu empenho, meus limites... posso dizer em algumas ocasiões que dei meu sangue!
É assim que sinto realizada, é assim que mostro minha essência, meu eu maior! Algumas marcas se tornaram tatuagens, não saem, passaram a fazer parte de mim como tudo aquilo que já nasceu comigo. Talvez as reconheça como sinais de um nascimento recente, de um nascimento por querer, por vontade, por necessidade. Um nascimento orquestrado e que ainda ressoa no tempo, no espaço... 
Marcas... as quero para além da memória, para além do registro, para além do tempo. Minha história será contada no meu corpo por aquele que o escolher para usá-lo como diário. Me entrego, mesmo que já marcada, mas ainda com páginas em branco...

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