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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

BDSM (parte 1)

Falar sobre BDSM é muito bom! Revigora, me deixa mais próxima dos meus amigos e uso minhas táticas de professora para explicar tranquila e facilmente como as coisas funcionam, como são as práticas, do que eu gosto e acabo aproximando essas pessoas maravilhosas de mim, do meu mundo.
Então, vamos expor alguns temas para esse bando de curioso: 
Sempre que eu falo sobre isso é com o objetivo de facilitar o conhecimento sobre um assunto extremamente vasto que é o sadomasoquismo ou BDSM, então vamos esclarecer algumas coisas, para começar vou desmembrar o termo BDSM. De forma resumida, é o nome dado ao fetiche e arte das cordas (conhecido como Bondage), dos prazeres da Dominação e Submissão e do Sadomasoquismo. Da combinação dessas práticas nasceu o termo BDSM.
Mas é importante entender de que tipo de sadomasoquismo estamos falando.
Esse sadomasoquismo que vivo é o do consenso, da parceria, da cumplicidade, não aquele do tipo que infringi ou se submete a dor pela dor, o sofrimento como meio único de prazer. Alio a dor ao prazer sexual. A utilização de chicotes, algemas, fios, cordas, plugs ou qualquer outro instrumento visa tão somente aumentar meu prazer sem machucar realmente. O sadomasoquismo consensual é um jogo negociado por duas pessoas que pode ser interrompido a qualquer momento por qualquer um dos dois.
Aquele sádico ou masoquista que costumamos ter em mente, os patológicos e psicopatas, representam uma porcentagem muito pequena no meio BDSM, mas existem.
Uma das maiores diferenças é a preocupação que o praticante de sadomasoquismo consensual tem com seu parceiro em relação ao prazer e o "bem estar". Na base desse jogo encontramos o antagonismo dominador e submissa, poder e desamparo. E é tão comum que raros são os casais que não praticam de uma forma ou de outra esse velho jogo sexual. Alguns pesquisadores chegaram a conclusão de que a maioria dos seres humanos reagem eroticamente a mordidas (estou com uma enorme nas costas e só de olhar me dá arrepios!).
Mas de onde vem esse desejo de se submeter ou de dominar? Como nos descobrimos potenciais praticantes de BDSM? Patologicamente não há nada que explique, mas acredito que a maioria das pessoas entendam que dor e prazer se distanciam por uma tênue linha, a fronteira não é nem mesmo nítida. 
Antropologicamente podemos dizer que muito possivelmente a erotização da violência tenha sido fundamental na construção social dos sexos. Outros dizem que praticamos o SM para reeditarmos sensações que provavelmente fomos submetidos no início da vida. Porém independente de qual seja a rezão o que importa é viver o sadomasoquismo de maneira saudável, buscando o prazer de se jogar um jogo onde o vencedor é sempre aquele que se joga, que se dedica, que busca, na verdade, o empate, para que haja sempre a possibilidade de uma nova partida.

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