É preciso ser racional. Não adianta achar que o BDSM é um conto de fadas e que a partir do momento em que você encontra seu "Dono encantado" as coisas sairão do jeito que a gente quer. O erro começa justamente aí. O que eu quero é me submeter as vontade e desejos do meu Dono e não o contrário.
Para isso funcionar são necessárias algumas coisinhas importantes. Não vou fazer listinhas porque meu objetivo não é doutrinar, catequizar e nem questionar o modo de pensar de ninguém, quero expor o que eu acredito hoje como devo agir.
Meus limites estão se tornando cada vez mais reduzidos, pelo menos os que eu considerava como limites.
Tenho um objetivo e estou seriamente engajada nele, e para isso se viabilizar de maneira plena e real eu preciso repensar esses limites e estabelecer hipóteses mentais para a superação deles. Esse exercício é válido pra mim porque dessa forma eu me conheço um pouco mais, defino o que sou capaz de suportar, mas pensando em como isso seria aplicado pelo Dono.
Esse é outro ponto chave na relação D/s. Confio no discernimento Dele, sei que há uma coerência no que ele me aplica, mesmo que a princípio não me faça sentido, mas me entreguei e a partir daí tudo faz sentido.
Faço algo todo dia para tornar essa espera ao menos agradável. Busco respostas, mudo o comportamento, assumo riscos, me conheço mais e desejo cada vez mais o prazer de me submeter a Ele.
Conto o tempo que falta para vê-Lo de novo, o que me deixa mais ansiosa para Lhe mostrar como estou crescendo. Será que Ele vai notar? Será que Ele vai se importar? Hipóteses...
Escolhi ajustar minha vida à essa espera. Minha escolha, meus riscos, minhas hipóteses, meus limites. Assumidos, avaliados, repensados e libertados.
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